segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Um empate que vale uma derrota e acorda para o restante do campeonato

E o fraco - poder-se-ia afirmar medíocre - time do Vasco empatou aos 44 minutos do segundo tempo em um jogo onde a tônica era simples: ali, daonde eu estava, só vi o Botafogo dominando e atacando e o Vasco se defendendo, sem sequer passar do meio-campo - apenas a Globo.com complicou, dizendo que foi equilibrado.

1 x 1 foi um resultado justo apenas se encararmos o fato de que quem não amplia, leva.

E logo em uma rodada onde tudo conspirou a favor de passarmos uma semana inteira como vice-líderes. Mas o caminho AlviNegro sempre foi assim: árduo, de luta e superação após bobeadas próprias.

Afinal, já diz o nosso hino: não podes perder, perder pra ninguém. E como não se pode ganhar sempre, acabamos volta e meia perdendo para nós mesmos.

E olha que dessa vez a derrota foi um empate.

Devido à desorganização na venda de ingressos de meia - que haviam esgotado em General Severiano durante a semana - em meio ao tumulto causado pela falta de um gradeamento e organização das filas entrei com 7 a 10 minutos de jogo - apesar de ter chegado 17h25 ao maraca.

Soube que o Vasco começou melhor, mas depois que pisei no 'maior do mundo' só vi dar Botafogo. Nosso domínio era amplo e irrestrito. Durante boa parte do jogo o time da colina nem sequer passava de seu meio-campo e suas tentativas eram facilmente desarmadas por nosso competente meio-campo.

Mas a competência faltou no ataque que ainda carece de um homem-gol a altura do restante do elenco. Wellington Paulista até deixou o dele, mas Gil e Fábio provaram mais uma vez que não são solução para a ausência de Jorge Henrique. Tomara que o Zárate resolva, pois até mesmo o Wellington Paulista precisa fazer mais para se dizer titular de um time como o Glorioso Botafogo.

Ademais, jogamos quase metade do segundo tempo sem atacante de ofício, pois Wellington Paulista fora substituído por Fábio, que como o primeiro também se lesionou e teve que ser substituído logo após entrar, queimando uma substituição de Ney Franco, que havia trocado o ineficiente Gil pelo Zé Carlos, passando o endiabrado Carlos Alberto para o ataque.

E foi ali pelo lado do lento Zé Carlos - que muitos ficam chamando de sem-sangue - que o recém-entrado vascaíno Madson usou seu frescor e velocidade para dar uma corrida no Triguinho, que além de cansado esteve mal no apoio à defesa: o resultado foi uma falta perto da grande área e um amarelo, além do gol, claro.

Sobre o gol, ficam três registros:
  1. Se é pra fazer falta, faz no meio-campo. Até uma expulsão teria valido a pena por esses 2 pontos perdidos.
  2. A zaga não pode ser impecável 99,9% do tempo e ter esta falha de atenção na hora do adversário bater a falta.
  3. O goleiro não pode ficar vendido daquele jeito - aqui vale o registro desta ser uma das bolas mais difíceis para o guarda-metas, por se tratar de tiro direto ao gol com alta possibilidade de desvio em um curto espaço e jogada muito rápida. Todavia Castillo estava no canto e deu um passo para o lado, sem objetividade, sem ter tentado interceptar a bola.

Com este tipo de situação, lembrando o fatídico jogo contra o Corinthians em Sampa, onde ele falhou bisonhamente no gol de falta, e com as recentes atuações primorosas de Renan, começo a puxar o coro de "Ah, ah, ah, Renan é titular!" - emendo clamando por espaço no time e/ou banco para o Luciano Almeida e para o Wellington Jr.

Na comunidade do Botafogo no Orkut tem gente criticando e pedindo a cabeça de nosso maestro Lúcio Flávio - meu comentário aqui é o mesmo que lá: sem ele o Glorioso provou que joga pior, ele cadencia o time. E tem umas cabeças a serem pedidas antes: Gil, Fábio, Zé Carlos...

Lúcio Flávio precisa melhorar? Sim, mas não é cornetando com o time invicto e na cola do líder, mostrando disposição e vontade que iremos conseguir algo. A hora é de apoio incondicional. É a vez da torcida mostrar que faz a diferença e que acredita no time: vamos lotar o Engenhão no sábado contra o Náutico e deixar os jogadores deles Aflitos. ;)

Finalizo registrando a saudade do Maracanã: o Engenhão é nossa casa, mas o 'maior do mundo' tem um charme só seu. É bom voltar lá de vez em quando: poderiamos fazer ao menos um jogo por mês lá. Ainda mais que lá tem ambulante vendendo cerveja pelo clandestino preço de R$5 a latinha. É a imperadora falta de organização que atrapalha as coisas - vale o registro da saudade de poder ver o Glorioso tomando uma cervejinha e comendo um amendoim.

Mas o empate que valeu por uma derrota também serviu para nos acordar para o restante do campeonato: seremos vice-líderes em uma ou duas rodadas.

Próxima semana o Grêmio perderá do embalado Vasco; o jogo Cruzeiro e Coritiba - dois que estão na briga com o Glorioso - terminará empatado ou com vitória do Coxa; o Palmeiras tropeçará no Furacão Atlético Paranaense, que necessita de uma vitória para não parar na zona de rebaixamento; o São Paulo empatará ou perderá do Santos; e nós faremos nosso dever de casa.

No sábado é simples:

Vamos simbora, pro Engenhão: Torcer! Gritar! É Campeão!

SAN

K1

Um comentário:

I. disse...

Parabéns! Excelente texto! Existem muitas coisas a se acertar, mas você mesmo disse... "Não existe nada fácil quando se trata de Botafogo".

Saudações Gloriosas!