domingo, 31 de agosto de 2008

De novo faltou marcar: mais gols e a bola parada

Aconteceu, virou manchete. De novo.

De novo o Glorioso entregou a vice-liderança - e no somatório quiça talvez isolada e aproximada do líder - em um jogo com amplo domínio e sem deixar o adversário jogar mais que 90% do tempo, sempre recuado e acuado em seu campo.

E as manchetes poderiam ser diferentes, de novo.

Poderia tratar, por exemplo, do golaço, da pintura, do gol que literalmente mereceria uma placa no Engenhão, do ato brilhante orquestrado por nosso maestro Lúcio Flávio, que voltou a praticar a fina flor do futebol e parece ter reencontrado com Ney Franco a alegria e o espaço necessários para desabrochar... poderia, se não fosse a trave, ora bendita, ora maldita, mas simplesmente uma caprichosa trave do destino que nos pregou mais uma peça, mas, acima de tudo, uma lição -antes de falar do aprendizado, reforcemo-no com mais páginas do mesmo capítulo.

Este lance do Lúcio Flávio foi o que se destacou como uma Estrela em noite escura - mas houve tantas outras mais formando a Gloriosa Constelação: o time jogou pra cima, convicto de sua força e superioridade. O chute caprichoso de Túlio, após invadir a área, matar no peito e emendar de primeira, raspando a trave. A furada de Thiaguinho, de frente pro gol, ou outra, na qual o mesmo chutou cruzado rente a trave, ambas em enfiadas primorosas de passes açucarados do cada vez mais fundamental Carlos Alberto, dono de nosso tento, símbolo da superação através do foco, da dedicação e do auto-controle e auto-disciplina.

O manto sagrado definitivamente caiu-lhe bem.

Tão bem quanto o time caía pelos flancos e armava as jogadas, variando também com bons chutes de fora da área que proporcionaram excelentes rebotes extremamente subaproveitados. Lúcio Flávio mostrou também neste fundamento estar voltando à grande fase.

E que bênção é ter um meio-de-campo formado por Lúcio Flávio, Carlos Alberto, Túlio e Diguinho - que neste jogo tirou gol certo quase em cima da linha. Ouso dizer - e não estou só nesta ousadia - que é o meio-de-campo do Brasil, ao menos neste brasileiro.

Mas de novo não ampliamos nosso domínio, e de novo nossa soberania não se realizou e se concretizou em gols.

De novo levamos gol mais perto do final do jogo. E de novo em bola parada.

De novo o problema foi não marcar. De novo duplamente: faltou marcar o gol a mais e faltou marcar o ataque adversário em jogada de bola parada - e de novo o adversário estava com um a menos.

De novo - que nem os Teletubbies - estamos garoteando. De novo, até quando?

Ney Franco foi muito lúcido, transparente e calmo ao analisar tudo como uma lição e um tropeço e terá uma semana para consertar este e outros detalhes tão importantes para quem almeja a Libertadores e, quiça - por que não -, o título: o campeonato ainda é longo e temos como chegar. O time mostrou muita evolução, excelente postura, temos elenco e técnico destemido. A hora continua sendo de apoio incondicional. Temos que saber exercer e comprovar nossa superioridae: em campo e na arquibancada. É acreditar e acreditar!

Não é hora de cornetagem afobada. De colocar a culpa no Castillo - nem acho que tenha falhado nesse jogo, pelo contrário, saiu muito bem nos pés do atacante adversário em mais de uma, das poucas situações. Ademais, estão preservando a prata da casa, Renan, para que este pegue experiência com o Castillo, goleiro de seleção - tanto quanto o Renan. Estamos bem servidos e

Coincidência ou não, ambos os empates com gosto de derrota, nos últimos dois jogos acontecem depois da politicagem eclodir na mídia.

É hora de consenso e união em prol do Glorioso. Se liga cartolagem, deixem o ego e os interesses de lado para recolocarmos a Estrela brilhando lá em cima.

E é para lá que rumamos e é lá que estaremos ao fim deste campeonato: crer para ver. Torcer! Gritar! É Campeão!

SAN

K1

2 comentários:

Anônimo disse...

Faltou comentar a estréia do Zárate... espero q a primeira impressão não fique...

K1 - AnjoAlvinegro22 disse...

Tens toda razão: foi uma estréia para se esquecer. Tanto que esqueci mesmo.

O comentário geral é de clássico 'até eu fazia aquele gol'.

Agora vem cortina de fumaça pra poupar o cara... tá certo. Enquanto isso Sambueza estréia nos mulambos com cruzamento que resulta em gol.

É isso aí...