domingo, 5 de outubro de 2008

E o juíz levou...

"Hold on Dorothy, 'cause Kansas is going bye-bye!"

Essa citação de Matrix que faz por sua vez alusão ao clássico 'E o vento levou' representa muito nossa atual fase:

De um time novamente com promessas de dar alegrias... mais uma vez tropeçamos e estamos 10 pontos atrás do líder. Com 10 rodadas acho que já dá para dizer que o título está muito difícil. Mas ainda dá para salvar o ano com a vaga para a Libertadores e não devemos menosprezar isto e sim lutar com afinco redobrado.

O problema é que agora a crise financeira chegou na mídia e os salários de dois meses não chegaram aos jogadores, dando margem a corretos comentários - mesmo que fora de hora - de que 'quem trabalha, merece receber'.

O que me assusta é que o clube deve uma premiação de R$150mil ao grupo por este ter chegado ao G4.

ABSURDO!

Premiação para chegar e não para se manter? Deveria ser algo conferido no final do torneio, não?

E a torcida não comparece a ponto de não termos renda e sermos sacaneados tendo nosso estádio chamado de 'Vazião'.

Ah sim, mas o post era sobre o jogo... diretamente influenciado pelo juíz por ter expulsado injustamente o Jorge Henrique - alô jurídico, vamos recorrer para ele não ficar de fora no próximo jogo! -, além de não ter marcado algumas importantes faltas perto da área. Mas é o que o Diguinho declarou: não foi a expulsão e sim a desatenção no segundo gol que determinaram a derrota.

E digo mais: no primeiro gol também.

Ney Franco até mexeu correto, botando o time pra cima, mas com as peças de reposição que ele tem... Gil? Zárate?

Ele ainda teve a coragem de elogiar o gordinho argentino, que recebeu comentário no bar de que deveria ter perdido o triplo do peso, pois continua visivelmente acima do peso e abaixo do bom nível do futebol. Lembro-me de 3 jogadas: uma boa matada na qual levou falta por trás; uma boa virada para um sofrível chute, melhor, recuo; e um bisonho toque-lançamento muito forte e muito a frente de nosso lateral.

Fato é que não ameaçamos o gol adversário direito, nosso maestro desafinou e além de não bater bem as faltas deixou de aproveitar uma clara oportunidade na qual ia entrar sozinho na grande área, mas não dominou a bola. Carlos Alberto lutava muito, cutucava o adversário e os deixava loucos - aliás, como são violentos! -, mas fato é que rodava de um lado, rodava do outro e nada. Boa chance mesmo foi a jogada do Alessandro, que comeu um, dois - sim, eles gostam! - e chutou prensado em bola que quase morre no canto oposto do goleiro gremista. Se tem um matador ali metia o bico na bola e corria pro abraço.

Enquanto isso, do nosso lado, Castillo e Renan foram bastante exigidos, com destaque para o segundo que saio muito bem tanto por baixo quanto pelo alto, sem culpa no segundo gol, enquanto que no primeiro, por mais que a bola tenha desviado na zaga, o posicionamento muito a frente tenha impossibilitado Castillo de chegar na bola, que passou muito perto e no raio das bolas defensáveis. De toda maneira, falha maior da defesa que deixou o gremista matar a bola, girar, ajeitar e chutar - assim fica fácil.

Difícil é escrever estas parcas linhas, sabendo que bastava pouca coisa pro cenário ser muiiiito diferente.

A começar pela torcida, que comparecendo apoiaria e incentivaria mais o time, garantindo receita pro clube e pressão nos jogadores, o clube teria as finanças mais sadias, os jogadores estariam mais confiantes e até mesmo 10 pontos do líder não nos fariam sentir este desconforto: afinal, temos dois jogos em casa, onde os 6 pontos são obrigatórios. Com dois tropeços dos líderes a diferença já cai pra 4 pontos novamente. No fundo, tudo é possível!

Então o resumo da ópera é que nada está perdido, mas tudo depende do amor que o alvinegro pode demonstrar, lotando o Engenhão: daí começa uma onda positiva que contagiará a todos.

Faltam 3 confrontos de ida-e-volta na Sul-Americana para sermos campeões. E um pouco mais de atenção para figurarmos entre os que estarão ano que vem na Libertadores e lutar sim por algo mais no brasileiro: se até o Flamengo fala em título, porque nós não?

Vamos pensar e agir grande! Vamos lotar o Engenhão!

Saudações AlviNegras,

K1

Um comentário:

Saulo disse...

Vaga na Libertadores ficou muito difícil pra gente. Temos que concentrar na Sul-Americana agora.
O grande problema é essa situação financeira do clube que é imensa.