domingo, 19 de julho de 2009

E o tabu se mantêm: garfado de novo!

Eu ia começar diferente. O time merecia. Jogamos mais. Muito mais. Mais do que vinhamos jogando em outros jogos deste campeonato e em outros jogos contra o Flamengo. Como André Lima faz bem.

Mas não dá para ser diferente se a arbitragem é sempre igual. Anulam golaço de André Lima. Validam gol faltoso para os Flavorecidos.

E não dá para ser diferentese a mídia é sempre igual. Apesar da TV confirmar que não houve falta no gol do André Lima o site da Globo.com, por exemplo, nem comenta que tivemos este legítimo gol anulado. Já a posição duvidosa e ligeiramente impedida de Alessandro, em jogada muito mais delicada de o juíz acompanhar ganha um destaque do tipo "viram como também são beneficiados?".

Mas além de nosso gol anulado, eles também validaram o gol deles. Ganhariamos de toda maneira pela diferença de um gol. E tinha tudo para sairmos com vitória. Teve até bola no travessão de Victor Simões e pressão ininterrupta.

Mas teve também vacilos decisivos de nossa parte: e é nisso que devemos atuar, pois o exterior não podemos mudar.

Castillo saiu de maneira irresponsável no lance que originou o primeiro gol urubunegro, bem como Leandro Guerreiro, improvisado erroneamente na zaga, não marcou corretamente o Adriano, que, de fato, sobra e desequilibra.

Entramos aí então em outra crítica: por que improvisar Leandro Guerreiro na zaga se temos o bom zagueiro Welington na reserva? Por que insistir no Emerson - ainda mais contra o Flamengo? Que miopia é esta que não deixa Ney Franco enxergar que joga com um jogador a menos quando joga com Emerson, que seu reserva imediato lhe é muito superior?

E que cegueira é esta em tirar o Renato, que - pasmem - vinha bem para colocar Reinaldo, fora de forma e sem poder de decisão: além de atrasar inúmeras jogadas de contra-ataque, ainda perdeu um gol claro - ao invés de puxar e invadir mais ainda a área na corrida, onde entrara sozinho, puxou para o lado mais congestionado e possibilitou a recuperação da zaga.

E ai, quem não faz leva. Ainda mais com a ajuda do juiz.

Adriano ajeita bola com braço e nada é marcado. Afinal, ele sobra e rende para todos, como o Ronaldo, que tudo pode e nada lhe é marcado.

E hoje sobrou disposição ao time e faltou explicação ao técnico: por que mexer em um time que estava superior, retirando a peça menos cansada e 'mais atuante' - para colocar um atleta em recuperação? Eu não me conformo.

E não me conformo com a garfada: Emerson do Flamengo claramente derruba Lúcio Flávio e marca um golaço - mas irregular. E assim termina, com som ambiente do Itahy ressoando os comentários da mulambada "você acha que Flamengo iria perder essa?".

E quando lembrados da falta que o juiz não marcou, tentam argumentar algo que, quando rechaçado pela anulação do gol legítimo, se cala e transforma em um cínico sorriso, acompanhado de um "não vi, não importa, eu ganhei".

Enquanto o Brasil pensar assim, continuará sendo o país do futuro, sem presente nenhum, onde o prazer é roubar ou ganhar roubado.

Fica a regra. Se vacilar um pouco, o ambiente externo não ajudará. Por isso que temos que ser ainda mais competentes que os outros. Mais do que jamais fomos.

Mas confesso que no segundo gol senti uma confirmação. Juninho passa por cima. Lucio Flávio bate. Bruno defende bem. Escanteio. Lucio Flavio bate. Renato de cabeça. No canto. No gol.

O bem sempre vencerá o mal, por maior que seja o esquema. A Luz da Estrela sempre penetra na escuridão do caos. Esta é a Lei do Universo.

Basta seguirmos esta Lei e exercermos nosso pleno potencial: brilharemos. Venceremos.

SAN

K1

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