domingo, 17 de janeiro de 2010

Gloriosas Reflexões

Tomando umas e outras cervejas com amigos, teorizei sobre nossa situação e teci comentários sobre nosso passado recente ao buscar defender nossas glórias frente aos ataques inconsequentes e sem base da massa acefálica rubro-negra.

Que todos os times tem altos e baixos e que isto se reflete inclusive em décadas disto qualquer ser normal tem conhecimento, exceto os papagaios urubus e toda a mídia.

O Flamengo só é o Flamengo, esse mesmo, pentacampeão brasileiro, devido ao final da década de `70, a toda década de `80, lampejos nos `90 e essa primeira década do novo milênio, onde coincidentemente foi auxiliado aqui e acolá, tal qual na década de `80 - ou alguém se esquece do jogo contra o Atlético-MG que os levou a disputar uma Libertadores sem argentinos.

Eis como se construiu este mito VErmeLHO e preto, impulsionado pelo interesse da ditadura militar e da Rede Globo - tudo isto comprovado em tese de doutorado em Minas e registrado em depoimentos inclusive de ex-funcionários, que recebiam ordens para exaltar o time dos urubus e até aumentavam o som da torcida em detrimento ao adversário, para dar a sensação de maior poder.

E é sobre poder que refleti e venho lhes falar.

A importância de recuperarmos nosso glorioso poder - e falo isto principalmente para nós, torcedores, pois vejo o clube no caminho certo. Pois vejamos.

Ficamos 21 anos sem ganhar NADA, nem par ou ímpar. Ganhamos logo em cima da mulambada, invictos. Mas essa vitória, seguida do bi-campeonato, não foi uma vitória da estruturação e sim de um plantel criado com dinheiro do bicheiro Emil Pinheiro - a quem devemos agradecer, lógico.

Fato, contudo, é que não houve uma reestruturação e, mesmo assim, fomos vice-brasileiros em 1992, apenas 3 anos depois de quebrarmos o jejum de 21 anos. Ao invés de festejarmos isto, deixamos que zoem da gente. Em `93 Conmebol, em `95 nosso brasileiro, `96 Tereza Herrera em cima da toda-poderosa Juventus, em `98 a Rio-SP... e depois as trevas da segundona.

E no meio dessa escuridão toda começamos a nos reestruturar e brilhamos mais fortes, pois um clube é feito de mais do que apenas títulos, um clube é feito de tradição, bons valores e pessoas dignas e isto o Botafogo tem de sobra.

Recuperamos a sede histórica, recolocamos o Glorioso no cenário internacional, conquistamos o estádio mais moderno do Brasil e botamos as finanças em dia. A atual diretoria pensa de maneira estável em um clube grande, não apenas em um time de futebol.

Lógico que isto incomoda. Tanto que quando montamos o time que encantou o país e mudamos o paradigma de como torcer apaixonadamente só nos pararam no roubo e na armação - vide carioca 2007, copa do Brasil e o brasileiro do mesmo ano: nunca antes na história deste país um clube foi tão prejudicado.

Não é choro, são fatos.

Não se deixem convencer do contrário por esta mídia que propaga convenientes falsas verdades para vender, vender, vender uma vez mais, vender até encher.

Aí caimos na sombra dos 21 anos sem título, na síndrome do coitado, do sofredor... não deixe que lhe imponham algo que não nos pertence: não somos estas duas décadas, somos mais de um século de vitórias e conquistas, de base da seleção brasileira e berço dos maiores craques do país do futebol.

Tentam roubar-nos? Temos mais recursos, são inesgotáveis os recursos de quem nasce glorioso. Para cada roubo, um gol, já disse isto.

Por isso é hora de reeditarmos as gloriosas festas, de voltarmos a ser a torcida mais bonita, a torcida das bandeiras, pioneira e guerreira na paz e no Amor ao Botafogo.

É hora de mostrarmos a fortaleza que somos, loucos pelo Glorioso, alvinegros apaixonados que nunca se rendem.

Vamos lotar o Engenhão e darmos as mãos à diretoria e aos jogadores para construirmos juntos uma realidade gloriosa para o Botafogo.

Quinta, todos no Engenhão: APOIO INCONDICIONAL.

SAN

K1

Um comentário:

Anônimo disse...

Um adendo no que diz respeito ao Torneio Teresa Herrea: A Juventus que jogou contra nó, é a mesma que seria Campeã do Mundial Interclubes. Os mesmos jogadores que entraram em campo, mais o Cristian Vieri de centroavante, o que valoriza ainda mais essa conquista.