Ainda não havia
caído de fato em nenhuma
pegadinha.
Mas a força do dia primeiro de
abril não iria me deixar incólume: cheguei ao
Itahy e vi o
time das listras verticais
alvinegras empatando de 0 a 0. Eram 6 minutos e eu (ainda) respirava aliviado.
Busquei um bom lugar, de frente para a meta - uma TV grande o suficiente para caber toda minha atenção. Era tamanha que superava uma sensação esquisita - um pressentimento de crise ante a redenção.
E não é que era o jogo do Galo que estava passando? Fiquei um
tempinho vendo sem me tocar, afinal, pede
chopp, fala com os
garçons, dá aquela olhada no fauna
botecal, etc...
No fundo, ria por dentro desse #
primeirodeabrilfact que a vida me passava. Mal sabia eu que estava era sendo pregado na santa cruz com uma
pegadinha ainda maior. E, pra piorar, a risada era
entrecortada por uma intuição, uma certeza interior que me dizia que enquanto ficasse preso à imitação e ilusão, o Glorioso perderia. Dito.
Quando finalmente encontraram o canal depois de um infindável testar de números e
teclar... Feito.
Perdiamos de 0 a 1.
E minhas intuições da tarde, ao ler
matéria do GE.com, se
corporificaram.
Tomaríamos o
gol em falha do Ice
Man Jefferson. bom pra equipe ficar atenta e não dar mole e deixar adversário fazer o que quer na nossa defesa - a responsabilidade, contudo, é do meio-campo, inexistente; e não é por culpa do Lúcio Flávio, não, pois não se joga sozinho.
Aos 17 minutos, boa jogada e um lampejo de certeza:
Herrera marcaria o nosso
gol. Dito.
E em bela jogada armada pela lateral direita,
Lucio Flavio cruza para nosso
hermano argentino meter de carrinho, decretando o empate em um
golaço de pura raça, sintonia e força de equipe.
E no crescimento
coletivo se destaca nosso 'Ice
Man' com defesas difíceis e de
plasticidade indiscutível: merece a vaga de
Doni, pois se falha como este e como todo ser humano, ao menos
mantém-se pleno e em constante superação, não deixando um erro impactar em todo restante da partida - a mesma segurança de sempre.
Penalidade duvidosa aos 45 minutos do primeiro tempo. E nosso Homem-de-Gelo Jefferson segura o empate ao defender um pancadão no seu canto direito, esquerdo de quem bate.
No intervalo, constato que
Elvis não morreu. É o jogador coral que teve a penalidade emparedada, não era mais um #
primeirodeabrilfactsO segundo tempo começa de igual pra igual, o que se tratando do Santa Cruz,
time da Série D - sim, a quarta série do Brasileiro - é algo preocupante. No sentido referencial da questão.
Até porque pressinto - e já pressentira antes da partida - que é 'ou-ou'. Ou o carioca ou a Copa do Brasil. E aí já não sei. Sou mais continuar sendo o único
Tetra-carioca.
Mas como tudo o que acontece está escrito, mas nem tudo o que está escrito tem que acontecer - segundo meu astrólogo, o Zé Maria. Quem sabe nos superando conseguimos, juntos, tudo o que desejamos?
A coisa parecia preta e não
alvinegra. As amigas chegaram... 3
flamenguistas e uma
alvinegra.
Tensa a virada. Mas o 17
Herrera, de novo ele, vai lá e empata em um
golaço para coroar as belas partidas que vem fazendo pelo Glorioso.
Em nova falha de
Jéfferson - bombardeado de bolas de tudo quanto que é jeito, distância e força - o Santa Cruz empata.
Aos 46 minutos, com o jogo acabando a qualquer momento, levamos aquilo que decretaria a nossa despedida para um
time de quarta.
Que sirva pra se entender que falta meio-campo; que Eduardo é
displicente mesmo; que Fahel não passa de um esforçado, excelente banco; que faltam reforços e que não podemos contar com jogadores individualmente.
Que seja a crise ante a redenção: não deu na Copa do Brasil? Taça Rio é obrigação!
E há mais sinais dos que os já previamente indicados até aqui, neste e em outros posts: Lúcio Flávio - que vem subindo de produção - ficará fora até o final da Taça Rio, tal qual ocorreu em 2006, último ano que o Glorioso foi campeão estadual.
Há 13 anos o Joel ganhava o Carioca, sem jogo final, com o Botafogo, tendo Dimba como amuleto.
Há 21 anos tirávamos a nhaca do jejum de 21 anos justamente em cima do Flamengo.
Tenha fé, o Glorioso vencerá. Seremos campeões.
SAN
K1
(Que se registre que não fui ao
Engenhão por problemas de logística! E 200 provas por corrigir.)