segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Meia-bomba, de fato!

De novo. De fato. Nenhum fato novo.

Acho muito bacana Ney Franco dar entrevista ao final do jogo falando de sua confiança no título e na Libertadores - mesmo ele tendo dito semana passada que 'o título ficou difícil' -, do retrospecto e referência de recuperação e sequência de vitórias, mas o fato é que com esse time do jeito que está não sei não.

Estar ganhando de 1x0 pra mim já passa a ser preocupante - acho que pra todos nós, não?

E se olho e comparo o nosso jogo com o de ontem, vejo que no lado rubro-negro da Força - como diria Yoda - os caras estão perdendo de 1x0 e conseguem virar em menos de 9 minutos. Até no lado rosa da Força, hoje com uma pétala a menos, havia mais empenho que no nosso time. Se quisermos ser algo e conquistar, temos que nos empenhar!

Que minha prima, alvinegra que foi pela primeira vez ao estádio, tenha razão: "calma, foram dois empates, três derrotas e agora veio o empate que vai reconduzir o time às vitórias!". Espero de coração que ela esteja certa, pois o campeonato está há 11 partidas do fim. Tempo e espaço suficientes para que muita coisa aconteça, em todos os sentidos. Podemos continuar nos arrastando e perder oportunidades, cair mais pela tabela ou reagir e buscar a taça.

De fato, estamos apenas a 7 pontos do líder. E a 3 da zona da Libertadores. De fato o título não deixa de poder ser uma realidade, Libertadores então, não podemos perder a fé e a confiança - até o Internacional, embalado pelo massacre sobre o decadente Grêmio fala de G4 e Libertadores.

O que deixa todo alvinegro cabreiro é o fato de termos jogado boa parte do segundo tempo com um a mais, de termos tido o domínio do jogo, de termos feito catimba com o Castillo, metido bola na trave, mas mais uma vez pecado em não ampliar quando podiamos e termos sofrido um gol tolo já nos acréscimos, após infantil expulsão de Zé Carlos, que não sei como iludiu a todos no início do ano e não sei a quem mais agrada: no estádio só se ouve falar mal dele.

Bem, elogiável o gol de cabeça, algumas boas jogadas; reclamável de uma penalidade a nosso favor, não marcada no segundo tempo (tenho certeza de que vi!) e lamentável deixarmos um zagueiro tricolor sozinho no finzinho, só pra dar o gosto a eles de sairem com o empate e ficarem tirando onda dizendo que jogaram com raça. De fato, raça nos faltou no final. E nos faltou aquele gol pra consolidar nossa supremacia: novamente a falha de quem não exerce sua superioridade.

A bola fora do jogo, além de termos cedido o empate já nos descontos, foi a quantidade de cadeiras quebradas pela torcida do Flor, devidamente representada pela torcida FlorMulher, digo, FluMulher. Mais Flor impossível, não?

Valeu pelos prazerosos momentos de lembrar aos tricolores que ainda precisam disputar a segundona para de fato voltar à elite do futebol e que esta realidade está próxima novamente. A música nova era hilária: "Íhhhhh! Segunda divisão, Fluminense vai caiiiiiiir!"

Nem um pouco engraçado é o recente histórico e a repetição do padrão hoje; faltando pouco tempo para acabar o jogo o time dá uma parada e deixa o adversário jogar, a ponto de momentos antes de sofrermos o gol eu ter gritado "dá o sangue! raça!" meio que sem pensar, menos por algo em específico, mais intuindo a partir de uma sensação de acomodação dos nossos jogadores. E não deu em outra.

E é outra postura que precisamos ter e adotar para sermos de fato candidatos ao título e sermos dignos de ir à Libertadores: porque representar internacionalmente o Glorioso para ficar dando mole assim, mais lembrando o jogo contra o River ano passado que a fase glória de Garrincha, melhor não se dar a esse trabalho.

Mas, sinceramente? Eu acredito! Tenho fé e por mais que essas últimas vezes tenham sido meia-bomba, meu tesão alvinegro é maior e sei que vamos conseguir chegar lá, a aplicação e o trabalho sério renderão frutos!

Basta a torcida fazer sua parte também: não adianta ficar falando dos jogadores se em jogo importante não colocamos nem 10 mil alvinegros no Engenhão. O lado rubro-negro do futebol carioca ontem colocou 40mil urubus no Maracanã.

Vamos fazer do Engenhão uma Constelação Gloriosa, lotada de Estrelas Solitárias!

O time precisa crer, querer e fazer.

Estaremos lá, na derrota, no empate ou na vitória, contanto que jogando de verdade, com amor ao manto e vontade de ser campeão, espírito de luta e, de preferência, dando resultados positivos.

SAN

K1

3 comentários:

Fernando Gonzaga disse...

o certo é que, sempre que somos elogiados como fomos pela série invicta, depois caímos na mesma proporção que subimos. Não aprendemos a conviver com elogios. E em um time que não faz mais de gol por jogo nem por decreto, não pode aspirar grandes coisa. Estou mais uma vez decepcionado.

K1 - AnjoAlvinegro22 disse...

precisas e corretas palavras, Fernando; faço minhas as suas, mas ainda podemos, só depende de nós.

Saulo disse...

Só pode ser brincadeira de Ney Franco falar em título com esse futebol horrível. Só nos resta a Sul-Americana e olha lá.