domingo, 24 de maio de 2009

Torcer pra que?

Devemos torcer para não cair este ano? 

Talvez, se o nível da 'ligação' da defesa com o ataque continuar assim. E se a máxima ouvida de distintas bocas alvinegras permanecer nossa realidade: ruim com Lúcio Flávio, pior sem. Ou seja, enquanto nosso antigo maestro for a salvação deste time nem nosso futuro escapará de uma mediocridade presente.

Não que eu desgoste de nosso maestro, mas é que vi o mago enfeitiçar. Aí, acho que a música tem que ter outro ritmo, que entendo que o maestro sozinho não saberá conduzir. Falta algo mais ao time. Algo mais que se foi pra Alemanha por muito pouco dinheiro perto do que valia. Mas como isto é página virada, analisemos o jogo contra o Grêmio de Túlio, nosso guerreiro, Ruy, nosso cabeção original, e Paulo Autuori, nosso técnico campeão.

Pra começar, confesso que me confundi com o horário - achei que era 18h30 - e só vi o segundo tempo no Itahy: cheguei para me empolgar com a falta batida por Juninho na trave e que poderia ter mudado o resultado da partida.

E a caldereta desceu amarga desde o primeiro gole, pois muito rápido pude constatar, mais uma vez, que estamos sem meio de campo - algo que já comento aqui desde o início do campeonato carioca: mesmo com Maicosuel, faltava-nos o domínio do meio, algo que tinhamos quando Diguinho jogava nas nossas fileiras.

Não vou me demorar aqui, apenas registrar o óbvio: não podemos culpar a zaga ou o Castillo, por mais tentador que seja. O erro está em deixar o adversário chegar livremente até a intermediária e marcar apenas a partir dali. Jogamos bem quando marcamos na intermediária adversária, avançando a marcação, dominando o meio de campo.

O momento se faz oportuno para algumas colocações: o time melhorou com as substituições feitas no intervalo. Wellington provou ser titular nesta zaga, pára de inventar, Ney! E Rodrigo Dantas mostrou que é muito 'incipiente' ainda, não mostrando seu futebol, pára de colocar pressão no garoto, Ney!

Sei que precisavamos de um 'fato' para ocupar a mídia e estimular a torcida enquanto perdiamos nosso Mago e nada de bom acontecia, mas arriscar um jovem talento expondo-o demasiadamente na mídia é tolice. Não precisamos disto, precisamos de resultado.

E isto não conseguiremos trazendo jogadores como Tony, Diego e cia. Aliás, enquanto Diego for solução para virar jogo, alterar o resultado do placar, temo pelo pior no campeonato. Diego já provou estar longe de ser opção até de banco. Se Traffic, Ability e empresas do tipo querem fazer negócio com o Botafogo, tem que entender um pouco mais de nossa história: fomos base da seleção brasileira durante décadas, esta é nossa vocação. Jogador com qualidade arrebenta e é valorizado aqui: então parem de trazer cabeça de bagre e coloquem as multas e os valores dos potenciais craques nas alturas, assim todos saem ganhando.

E é isto que precisamos: ganhar. Porque estamos na 16a. posição, junto com o São Paulo. Mas a diferença é que eles estão na Libertadores, tem estrutura e não precisam se preocupar com o momento, tendo plena capacidade em seu grupo para reverter o quadro. Já a gente está com força máxima...

Preocupação, teu nome é Botafogo, eterna paixão.

SAN

K1

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