sábado, 14 de junho de 2008

Ficamos à Beira, do outro lado do Rio da Vitória

Antes de mais nada: não pude novamente ver o jogo, pois estou na reta final do tal curso de psicologia junguiana. Pior, descobri que desfalcarei o Glorioso e nossa Constelação no próximo sábado. Enfim, paciência, o curso é caro e vale a pena, ainda mais na reta final.

Tudo diferente do que está em jogo, literalmente.

O campeonato aparentemente está no seu início - ilusão, pois em pontos corridos todo jogo deveria ser encarado como decisão. Daí já dá para ver que o time está precisando de algo mais, de uma atenção - foco - e vontade a mais. Mais poder de (re)ação, de decisão, de confiança.

Pelo que pude acompanhar, o time até se impôs sem contudo ameaçar o gol - fato ocorrido somente nos últimos 15 minutos. Em suma, esteve mal, individualmente em nossas principais peças e promessas e coletivamente, com nosso técnico demorando para mexer para sufocar o adversário - e não adianta ficar parabenizando o goleiro adversário: tá na hora de olharmos mais pra nós mesmos e acertar internamente o foco para brilhar com todo resplendor em todas as direções, em todas as situações.

Quem é superior tem que exercer sua superioridade, essa é a moral do vencedor.

Enfim, botar mais um atacante somente na segunda metade do segundo tempo é não ter culhão de ganhar uma partida com um a mais e com o Inter desfalcado de suas principais peças. Aliás, temos perdido ou ganho no sufoco - e por pouco - de times claramente inferiorizados de seu real potencial. Vamos abrir o olho, pois não daremos a mesma sorte o campeonato todo.

E ao invés de abrir a carteira para trazer mais um zagueiro do Boavista - que negócio é esse de zagueiros? que negócios é esse com o Boavista? ainda não engoli aquela derrota que os classificou para disputar a Série C - abrir a carteira para investir em reforços (!) de verdade para o meio/armação e ataque.

Unânime é o pedido pela volta do Ferrero e o banco para o Leandro Guerreiro, concordo. Túlio foi criticado por uns, elogiado por outros, mas no balanço ficou a impressão de estar se recuperando da fase ruim e voltando lentamente a ser um bom jogador. Só falta voltar a ter a postura de vencedor e líder - que aliás andam inseparáveis, como cara-e-coroa.

Renan recebeu críticas - de fato falhou no segundo gol -, mas vinha bem nos demais jogos e foi - a meu ver - injustamente preterido no jogo paulista contra o Corinthians, no qual Castillo vacilou no primeiro e falhou clara e drasticamente no segundo gol - o que foi muito pouco comentado, preferindo-se execrar o hoje também execrado Zé Carlos; Castillo tem crédito, mas entrou quando não estava ainda 100% recuperado e no lugar de quem vinha ganhando e passando confiança e a teve, juntamente com a seqüência, quebrada. Por tudo isto, apoio ao Renan, que é goleiro de seleção e merece essa força; afinal, se não fosse o erro cabal do Leandro de tirar a bola a meia altura acertando a cara do Túlio em mais uma comédia palestão da defesa alvinegra, nada disso teria acontecido. Todavia, vale a lembrança: fecha as pernas, senão gluglu!

Quando penso na Sul-Americana e olho pro time, desconfio. Quando olho para o banco, tenho a certeza de que nos faltam peças de qualidade para sermos competitivos e o mesmo espírito ao nada inspirador Geninho - depende de nós passarmos a garra das arquibancadas para o técnico e para o time como um todo: xô, apatia, eu quero é títulos.

Pelo rumo que a coisa tá tomando o quase poderá ser mantido, mas com tabela invertida. Mais um motivo para apoiarmos incondicionalmente em campo e criticar equilibradamente fora dele, não malhando a torto e a direito, mas fortalecendo com soluções e propostas em uma união que só fará bem ao Glorioso, que precisa recuperar o seu brilho novamente, sem depender de um ou outro jogador e sim refletindo a serenidade e força do grupo composto por diretoria, time, comissão técnica e torcida, sempre o fiel da balança e que precisa tomar a medida de apoiar mais, urgentemente.

SAN

K1

2 comentários:

Luiz Rogério disse...

Muito bom o seu comentário sobre o último jogo contra o Internacional no Beira Rio.

Na minha opinião está faltando alguma coisa, falta um detalhe para o time voltar para o rumo.

Este detalhe, parece ser mais vontade de vencer, o meio de campo pouco produz para o ataque e o ataque quando tem chances disperdiça bobamente.

Em relação ao Geninho ele foi infeliz na escalação, no esquema tático e por último nas substituições. (Nota: ZERO)

Mas sou um eterno otimista, acredito que as coisas podem melhorar e devem melhorar, uma boa sequencia em casa pode dar a moral que está faltando para alguns jogadores.

Tomara que o Botafogo atuando com o seu 11 titular seja mais produtivo nestes jogos no Rio.

Um abraço.

Saudações Alvinegras!

K1 - AnjoAlvinegro22 disse...

Luiz,

não sei se a questão são os titulares não... apático do jeito que o time e o próprio Geninho se mostraram, penso que a diferença seja mesmo o 12. jogador: nós a torcida.

Tá na hora de mostrar o mesmo empenho e comprometimento que cobramos de nossos jogadores.

SAN

K1